Em um panorama educacional marcado por mudanças e avanços, a acessibilidade no ensino tornou-se uma necessidade premente. Especialmente para pessoas com deficiência (PCD), garantir equidade de oportunidades de acesso ao conteúdo e às atividades educacionais tem sido um desafio e uma busca constante. Neste cenário, o ensino à distância (EAD) emergiu como uma porta de entrada fundamental para estudantes com condições de deficiência no ensino superior, abrindo caminhos até então inexplorados.
De acordo com os dados do Censo Superior da Educação de 2022, o número de estudantes PCD matriculados na educação superior aumentou significativamente. Nos últimos anos, de um total de quase 10 milhões de alunos matriculados no Brasil, 79.302 são alunos com deficiência, representando cerca de 0,79% do total matriculado em graduações à distância e presenciais. Isso representa um crescimento notável em relação aos números do censo de 2020, que registrava 19.689 alunos com deficiência.
Apesar deste avanço, as pessoas com deficiência ainda representam uma pequena parcela do corpo discente, totalizando menos de 1% do total de estudantes matriculados em cursos de graduação. No entanto, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, considerando a população com idade igual ou superior a dois anos. Portanto, o acesso à educação torna-se fundamental, e para muitos estudantes, essa oportunidade vem através do ensino à distância, que possibilita a obtenção do diploma de graduação de maneira anteriormente inalcançável com as metodologias educacionais tradicionais.
Leticia Fabbri, de 29 anos, atualmente está cursando o 2º semestre em Jornalismo na modalidade de ensino à distância, na Faculdade Anhanguera. Pessoa com deficiência física e auditiva devido a uma pneumonia bacteriana, encontrou na comunicação não apenas uma paixão, mas uma ferramenta para amplificar as causas que a motivam. Sua determinação em superar desafios despertou o interesse em explorar as oportunidades oferecidas pelo EAD, destacando não só a flexibilidade, mas um ambiente adaptável que une diversos recursos para atender às suas necessidades. “Essa modalidade não apenas me permite aprender, mas contribui de forma significativa, superando barreiras físicas presentes nos processos do ensino presencial”, compartilha.
“Outro fator primordial é que, com a minha deficiência, estou frequentemente hospitalizada, e o ensino à distância me permite continuar estudando de qualquer lugar. Além disso, o formato me ajudou a lidar com o medo de não conseguir interagir com os alunos e professores na sala de aula devido à minha deficiência auditiva”, explica a estudante de jornalismo.
A importância da educação a distância vai além da praticidade para aqueles com agendas lotadas; para Leticia, o modelo de ensino é essencial para enfrentar o medo da falta de acessibilidade e a ansiedade associada à interação presencial. “Por isso, é muito importante que existam esses cursos à distância, porque é uma alternativa acessível, que proporciona a inclusão de pessoas com diferentes necessidades, garantindo que todos tenham a oportunidade de buscar conhecimento, independentemente de suas limitações físicas ou geográficas.”
Na construção do acesso de estudantes com deficiência ao ensino superior, o EAD oferece tecnologias emergentes fundamentais para o aprendizado, como legendagem automática, audiodescrição, interfaces acessíveis, entre outras inovações. É importante salientar que o desenvolvimento de plataformas cada vez mais acessíveis beneficia não apenas pessoas com deficiência, mas a todos os estudantes.
Alexey Carvalho, reitor do Centro Universitário Anhanguera, explica que a educação a distância, ao tornar-se um espaço mais inclusivo, não apenas está abrindo portas para os estudantes com deficiência, mas também está se tornando um exemplo de como a educação pode ser adaptável e enriquecedora para todos os alunos, independentemente de suas capacidades físicas. “A EAD, ao superar desafios e aproveitar avanços tecnológicos, emerge como um catalisador de transformações positivas no cenário educacional. Várias são as aplicações, as videoaulas contam com intérprete de Libras e legendas para pessoas com deficiência, enquanto o ambiente virtual do aluno oferece recursos como aumento de contraste, aumento de fonte e compatibilidade com leitores de texto, tudo isso facilita a acessibilidade tanto para cursos presenciais quanto à distância”, finaliza.
Sobre a Anhanguera
Fundada em 1994, a Anhanguera oferece educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, cursos Livres, preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos, presenciais ou a distância, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. São mais de 15 mil profissionais e professores entre especialistas, mestre e doutores. Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas. A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino. Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir de competências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País. Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106 unidades próprias e 1.398 polos em todos os estados brasileiros. Acesse o site e o blog para mais informações.